INTRODUÇÃO
1. A
Santa Mãe Igreja desde os primórdios de sua fundação guiada pelo Espírito
Santo, e neste Ano Jubilar de 2021, seguindo os retilíneos sopros do Espírito
Santo, voltou seu olhar para a base primordial da vida clerical: A Formação.
2. De
fato, Nosso Senhor sempre nos concede mais do que merecemos e que está ao alcance
de nossa saciedade, desta vez não ocorreria por outros modos. Através do Ano
Jubilar de Dois Mil e Vinte e Um, celebrando os quinze anos da Igreja Católica
no Habbo Hotel, recordamos, de fato, que assim como o povo liberto do Egito
cantou louvores ao Senhor, devemos também nós o bendizer e dá-lo graças.
Recordamos em memória tão quanto presente o cisma ocasionado no ano de dois mil
e vinte às vésperas das celebrações de quatorze anos da Santa Igreja. Cristo esteve
ao nosso lado nas dores que sofremos, e que foram sofridas ao lado d’Ele; e
também nas vitórias e glórias que a nós foram concedidas por mérito e graça de
Nosso Senhor, cumprindo a sua promessa ao recordar em nossos corações que “estarei
convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Cf. Mt 28,20).
3. Acreditamos
firmemente, e com seguro propósito, que o próprio Deus inspirou este apostolado
e utiliza dele para propagação da Boa-Nova anunciada primeiramente aos Apóstolos
e depois sendo propagada pelos discípulos “de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo. ” (Cf. Mt 28,19)
4. Olhando com atenção para a trajetória
vivida ao longo dos quinze anos de história da Igreja Habbiana, é hora de
considerar o olhar ao horizonte amplo e traçar, sobretudo através dos novos
meios e métodos, uma visão nova e constantemente inovadora. Aprender com erros
do passado, absorver e preservar o que foi bom. Com a visão ampliada e focada em
novos horizontes, e apenas deste modo, conseguiremos dar continuidade ao
apostolado evangelizador que permeia pelo amplo meio Habbiano há quinze anos. É
preciso acolher o convite do mestre que nos diz: “Avança para águas mais profundas.
” (Cf. Lucas 1, 11).
5. No decorrer desses quinzes anos, foi
observado por diversas vezes a importância da estrutura formativa como essencial
para o desenvolvimento de um clero promissor e compromissado. Fugindo por
diversas vezes do Sopro de Inspiração Divina que chamava os antigos padres para
uma temática inteiramente ampla e intrinsicamente árdua, coube aos presentes
padres-sinodais enfrentar as dificuldades que urgiram de anos de metodologias
tradicionais e retrogradas, marcadas por incontáveis crises de vocações e o
despreparo de ministros ordenados para o exercício do múnus que a igreja
definiu através do Sagrado Concílio de Jerusalém como “a de anunciar, sem medo, que Cristo vive e nos
quer vivos, como suas testemunhas. O maior e melhor exemplo que a Igreja pode
dar, muito mais do que por palavras, é pelo seu testemunho e pela sua atitude.
A missão no Habbo Hotel, sem dúvidas, foi inspiração do Espírito no coração dos
jovens que tomaram a Cruz de evangelizar nos espaços virtuais. ''Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura'' (Mc 16,15), foi a fortaleza
daqueles homens que, sem nada a oferecer de si, tinham a palavra de Deus como
armadura e o Espírito como guia. ” (Cf. Predicate Evangelium, IOANNES PAVLVS
VII, n.21).
6. Se faz cada vez mais necessário refletir a
formação ao sacerdócio, ministerial e batismal, mediante o constante avanço tecnológico,
intelectual e missionário da Santa Igreja, que, pareada com a sociedade
habbiana, cresceu em diversos aspectos. Considerando a problemática hodierna
consideramos mais uma vez refletir, sob a luz do Espírito Santo, o processo
formativo da Santa Igreja no Habbo Hotel.
7. Não haveria momento ainda mais oportuno que na
comemoração do mês jubilar dedicado aos formadores e à Educação Católica,
celebrar solenemente este sínodo com a memória voltada aos desafios do processo
de formação e a expansão de horizontes através de novos métodos, metodologias e
meios.
8. Este sínodo que partiu da formação para o
ministério ordenado, abrangeu também, como esperado por Sua Santidade Clemente
II, os inúmeros aspectos da vida da igreja, conforme dispostos no Concílio de
Jerusalém e nas demais conferências e reuniões episcopais antecedentes. Através
do presente sínodo a assembleia dos bispos pode exercer com maestria o seu
sagrado ofício, celebrar solenemente o seu múnus de Pastor e Guia da Igreja.
9. Com as disposições finais de cada comissão sinodal, o presente documento visa propor fielmente ao leitor a síntese dos trabalhos realizados no XI Sínodo dos Bispos, buscando nortear os horizontes da trajetória cada vez mais vívida da Santa Igreja ao longo dos seus quinze anos e dos muitos outros que ainda virão.
DA NOVA EVANGELIZAÇÃO
10. A introdução desta Comissão buscou
mostrar os trabalhos realizados no X Sínodo dos Bispos e no Concílio de
Jerusalém, instigando a um pensamento crítico e centrado em relação as nossas
missões e como deveriam ser realizadas. No entanto, também buscamos fazer uma
breve análise dos efeitos desses dois eventos na Igreja e como refleti-los em
nosso XI Sínodo dos Bispos.
11. Por primeiro, temos as frases da
Predicate Evangelium e da Exortação Pós-Sinodal do Papa João Paulo VII, que nos
exortam a uma nova visão enquanto Igreja; e, mais adiante, já nos mostra o
grande impacto entre o X Sínodo e o Concílio, como as ideias de evangelização,
de busca por anunciar Cristo Jesus a todos, mudou em práticas, mas não em
essência.
12. A Comissão para Ações Missionárias do X
Sínodo dos Bispos nos fez refletir algumas pautas sobre a evangelização no
Habbo Hotel. Das quais, como apresentado na I Sessão do XI Sínodo dos Bispos,
precisamos aprimorar ou até mesmo erradicar do nosso apostolado.
13.Todos nós sabemos que as práticas de
Evangelização pelos quartos tanto oficiais quanto dos jogadores são táticas de
busca por vocações presbiterais e religiosas, mas, também, de encontro com
novas vocações laicais.
14. Assim como o desenvolvimento de uma boa
formação laical, que até hoje não fora posta em prática como recomendava o
sínodo que tratamos, podemos desencadear novas vocações presbiterais e
religiosas. Dessa forma, devemos pensar além, conhecer nossos leigos, o nosso
público, pois a Igreja não pode simplesmente mudar seus métodos de
evangelização sem ao menos entender a realidade de cada pessoa presente pelos
quartos do Hotel. Devemos pregar de forma aprimorada para cada realidade.
15. É essencial analisar o
Concílio de Jerusalém, que foi o mais importante evento em anos do nosso
apostolado habbiano. Em síntese, o Concílio soube priorizar os
debates que envolvem o serviço de evangelização começado pelos nossos
fundadores e continuado por nossos antecessores. A Igreja passou a
entender seu encargo, pois passamos a captar o pensamento de que ‘’somos
uma comunidade de fé e vivência do carisma Santo e Invicto da Santa Madre
Igreja, com o intuito de evangelizar e difundir a santidade a partir da
prática da escuta e pregação da Palavra’’. Compreendermos essa missão é
fundamental para um processo autêntico de evangelização
compromissado, pois tomamos razão da seriedade da nossa missão. Sem seriedade
e esforço, e, precipuamente, sem animo
missionário, acabamos por perder nossa essência. Todavia ele
prossegue dizendo que devemos nos manter firmes em nossos encargos mesmo que
apareçam legiões contra ele. Posteriormente, pudemos entender o serviço do
concílio ao nos conceder o conhecimento sobre a Natureza da Igreja Habbiana. O
Concílio soube nos alertar e abrir portas, também, para o XI Sínodo dos Bispos,
onde chegamos ao auge de um debate perscrutado há tempos de nossa existência no
Habbo: a formação. Ela que como o Documento da Nova Evangelização diz: é o
possível primeiro contato dos nossos leigos com a Igreja.
16. O foco de nossa missão é
a evangelização. Sendo assim, precisamos ter uma conduta, um
ensino que cause empatia pelos nossos irmãos jogadores. Diante
disso, é preciso uma formação continuada nos âmbitos litúrgicos, catequéticos, doutrinários
e demais áreas de estudo que circundam todos esses ministérios elencados acima;
sobretudo porque existem pessoas em nosso apostolado que não tiveram acesso à
Igreja do lado de dentro, principalmente as recém-convertidas nestes tempos
pandêmicos.
+ Jorge Snaif Card. Médici
Presidente
+ Pedro Card. Melchior
Auxiliar
+ Júlio Oliver
Auxiliar
Mons. Giuseppe Siri
Secretário
CAPÍTULO II
DAS METODOLOGIAS ATIVAS
17. Observa-se no âmbito formativo, esta comissão, ansiando proveitosos
frutos advindos do encontro sinodal, propõe métodos de ensino para além dos
recursos utilizados. É válido ressaltar que, o proposto carece de reflexões
para repensar inúmeras realidades, como os processos de ensino.
18. Entretanto, essas propostas não carregam intuito revolucionário ao
tema, mas sim o intuito de promover unidade e a missão dos membros da Santa
Igreja. Nós, sendo membros da Santa Igreja, devemos carregar os aspectos da
vida cristã em nosso cotidiano. Estando a serviço de Cristo, virão muitos males
que comprometem a ação evangelizadora, de modo especial a Educação Católica,
alvo desta discussão, partem de desleixos ao longo do caminho, deste modo suas
ações acabam se tornando individualistas, corrompendo a tão bem quista noção do
todo. Com isso, acabamos perdendo a colegialidade que culminam em um ponto
comum entre a psicopedagogia e os grandes princípios da cristandade.
19. As metodologias ativas, originárias das salas de aula, surgiram para
que o modo tradicional de ensino seja repensado com o propósito de inovar o
conceito de relação entre alunos e professores. São novas formas de abordar o
ensino-aprendizagem com o aluno como principal agente de construção de conhecimento.
O atual sistema de ensino, que ainda é muito focado na recepção passiva dos
conteúdos, apresenta estigmas em sua metodologia que preza pela recordação
imediata do conteúdo, mas não pela aprendizagem e absorção destes. Esse estigma
é consequência da modelo desfocado no desenvolvimento das habilidades e
competências, deste modo, mantendo o aprendiz sempre dependente de seu mestre,
retirando o prazer do aprendizado.
20. O surgimento das metodologias ativas visa a mudança da perspectiva
do ensino tradicional, centrado apenas na figura do professor, para a
perspectiva de aprendizagem centrada no aluno. Tornando o professor como um
grande mentor do aprendizado ao invés de ser o único portador do conhecimento.
Portanto as metodologias surgem para proporcionar aos estudantes meios para que
eles consigam guiar o seu desenvolvimento educacional, fugindo do modelo de
ensino tradicional. Essas metodologias vêm sendo trabalhadas há um tempo e um
dos seus precursores foi William Glasser e sua pirâmide de aprendizagem.
21. A pirâmide de aprendizagem foi desenvolvida pelo psiquiatra e
estudante de saúde mental, educação e comportamento humano Willian Glasser.
Este psiquiatra pesquisou durante anos e trouxe à educação uma nova maneira de
se aprender uma forma alternativa e ativa, por meio da pirâmide de
aprendizagem. De acordo com seus estudos, William concluiu que se os estudantes
fossem expostos a metodologias ativas, eles aprenderiam de uma melhor forma, e
a partir disso desenvolveu um gráfico em forma de pirâmide de conhecimento. Nó
topo da pirâmide: há a leitura representando 10% da aprendizagem; apenas
ouvindo o conteúdo aprendemos: 20%; assistindo a um vídeo aula: 30%; escutando
e vendo ao mesmo tempo: 50%; discutindo sobre tal tema: 70% quando se pratica
exercícios de fixação: 80%; ao ensinar
tal conteúdo a alguém: 95%
22. Um estudo conduzido por um professor da Universidade de Washington,
comparou as taxas de reprovação em provas e testes padronizados de estudantes
submetidos às metodologias ativas e às aulas tradicionais. Em média, a
performance do primeiro grupo foi de 6% superior. Já a taxa de reprovação dos
estudantes de aulas expositivas foi 1,5% maior.
23. Uma das primeiras práticas que devem ser adotadas é a capacitação
dos reitores e formadores para trabalhar com metodologias ativas, pois exige
novos processos de ensino e de relacionamento. A partir da capacitação dos
docentes, o cenário da sala também deverá mudar. Outra prática indispensável é
dar abertura aos alunos para demonstrarem interesses pessoais e necessidades
específicas.
24. É importante que eles se sintam parte da implementação das
metodologias ativas. Para isso, a realização de práticas e trabalhos que
insiram o aluno no seu processo formativo, além dos testes previstos nas
edições anteriores, propõe-se que o aprendizado se dê de maneira mais delongada
e participativa. Na aplicação das metodologias ativas seja considerada a
necessidade de compreensão do aluno como peça fundamental, porém, não se
descarta a necessidade do tutor que deverá acompanha-lo, formá-lo e orientá-lo
a partir das metodologias, visando tanto engajá-los quanto terem autonomia de
opinar se estão apresentando ou produzindo de forma adequada.
25. Em suma, podemos afirmar que adotar novas práticas de ensino e
inovar no ambiente educacional podem colaborar grandiosamente para a
revitalização da formação clerical, em nível básico e continuada. Os estudos
apontados por psicopedagogos concluem que as metodologias ativas são o meio
mais eficaz para substituir o ensino tradicional, que ainda hoje permeia os
seminários e universidades católicas a igreja habbiana.
+ Joseph Médici Card. Ravassi
Presidente
+ Arthur Nicolli
Auxiliar
+ Vinicius Collin
Auxiliar
Mons. Arlindo Filipe Kenwey Holando
Secretário
CAPÍTULO III
DA FORMAÇÃO PRESBITERAL
25. A
Constituição Conciliar Sacerdos in Aeternum encaminha-nos enquanto sacerdotes
como “principal difusor da missão eclesiástica que exercemos por este meio
virtual.” Assim, sabendo de nosso dever como ministros ordenados, faz-se
necessária uma formação capaz de preparar ministros competentes a nosso meio
virtual. Uma formação que seja prática, com meios efetivos de aprendizagem, e
também atenda à afetividade, o que nos diferencia de uma instituição
carreirista.
26. Portanto,
a Comissão reunida buscou compreender, através da análise da atual formação, as
necessidades e aperfeiçoamentos na estrutura a caminho de uma formação ideal.
Entende-se que o processo formativo de um presbítero é orgânico e deve
perpassar etapas práticas e interativas, ultrapassando uma exposição de script,
onde se reproduza a cópia de conteúdo. A vida do clérigo é de doação, logo sua
construção deve ser cativante e ativa, a fim de promover o encanto pela missão.
27. Porém,
ao avaliar a formação atual, encontra-se um processo robótico e industrial. Essa
problemática se dá pela atual interpretação da apostila como fundamento e meio
único de formação, impondo a ela uma responsabilidade que não é capaz de
atender. Por isto, é mister proporcionar medidas e novos caminhos de estruturação
da formação ministerial, atendendo as necessidades iniciais e continuadas.
28. A
busca por uma nova formação perpassa a compreensão da necessidade de dois
momentos: formação inicial e formação continuada. Essa primeira referente ao
que aplicamos nos seminários e será responsável por introduzir o candidato a
uma realidade eclesial e virtual.
29. Porém, reconhece-se
a importância da evangelização e a filtragem dos que assumem a missão clerical,
é necessária a implementação de uma catequese querigmática: que traga os
saberes e a base da conversão e da fé. Assim, a ampliação da promoção vocacional
como esta que acolhe os leigos, considerados em etapa vocacional, e aplica-lhes,
em encontros, a devida catequese, ao término, concluindo com o jovem persistente
a permanência vocacional leiga, clerical ou religiosa.
30. Prosseguindo
ao seminário, prevê-se uma formação objetiva e com clareza de exposição,
entende-se a prioridade da formação inicial com foco no que compreende a
prática virtual. Isto é, a lapidação da apostila ao mínimo e indispensável da
esfera habbiana, sem a prolixia de longos discursos envolvendo aspectos das
realidades não aplicáveis ao virtual, o que torna a compreensão do educando
exaustiva ou confusa.
31. Esta
reciclagem de conteúdo deve ser visada por uma formação direta, prática e
didática, na perspectiva de diminuição de horas perdidas com roteiros colados e
o aumento de tempo hábil para a convivência e prática pastoral ativa nos
eventos. Pensando nisso, surge a proposta do retorno da instituição do
acolitado nos primeiros momentos da formação inicial, proporcionando ao
seminarista uma expectativa e experiência da participação da missão clerical,
próxima aos celebrantes. Para esta instituição, anteceda-se uma devida
formação, dentro da nova estrutura, que lhe prepare para o exercício dos
ofícios auxiliares da missa, mas sem pensar a profundidade da prática de
cerimoniários, a fim de não tornar esta etapa inicial maçante.
32. Ademais,
muito foi discutido a respeito da vivência pastoral, valorizando essa
construção sacerdotal não pela rapidez e quantidade, mas pela qualidade e
adesão do candidato à missão. Propõe-se, pois, a determinação de um tempo
mínimo de formação antes e entre as ordenações, capaz de garantir uma
construção espaçada, calma e aplicada. Essa limitação se realize estabelecendo
espaços mínimos de tempo para cada conclusão de etapa e máximo de aulas
aplicadas diariamente.
33. Essa
apostila, contribuindo para a perspectiva dinâmica e objetiva, deve passar por
uma reforma e reestruturação que atenda as necessidades. Esperasse um fácil
manuseio, com tópicos claros e apresentação das etapas do rito com a presença
das ações para fácil consulta dos formandos e formadores, segundo sua função,
com a diluição das temáticas com a proximidade da ordenação respectiva.
34. Logo,
para os seminários, pensam-se três grandes etapas. Formação Inicial: nesta
primeira formação o Seminarista será introduzido ao Clero e suas práticas,
aprenderá a participar da Missa, de modo leigo, primeiramente, e depois como
acólito. Formação
Diaconal: o seminarista aprenderá a paramentação e a servir na Missa como
Diácono. Formação Sacerdotal: o seminarista aprenderá a paramentação como
presbítero e a celebrar uma Missa inteira usando o Missal Romano. Por fim,
também aprenderá a confissão, sacramento ressaltado pela sua importância na
acolhida e aconselhamento de muitos jovens que chegam a Igreja no habbo,
cabendo uma formação aprofundada, retornando sua abordagem junto aos demais sacramentos
na formação continuada, para uma boa preparação de confessores e diretores
espirituais.
35. Por fim, a
conclusão das etapas formativas passe pela aplicação de testes pela Educação
Católica (como forma a aproximação e controle), antes da autorização às
ordenações, sendo requisitado do candidato a compreensão e prática dos saberes,
segundo as metodologias ativas.
36. “Conhecereis a
verdade e ela vos livrará. ”(Jo 8, 32). Uma vez ordenados segundo a vossa
vocação, diáconos permanentes ou presbíteros, é necessário aprofundar-se nos
ofícios e mistérios da Santa Igreja, “não basta fazer coisas boas, é preciso
fazê-las bem" (Santo Agostinho).
37. Nesta nova etapa,
compreenderão duas formas de formação continuada: a litúrgica (prática) e a
doutrinal (intelectual). Já não são formações indispensáveis, mas
complementares para o aperfeiçoamento da fé e do serviço. Logo, não devem ser
impostas e nem aplicadas com urgência, mas na melhor organização e demanda. Eis,
então, um novo desafio para a Educação Católica: preparar uma equipe de
construção do conteúdo e, posteriormente, implantação desta aplicação junto à
Igreja.
38. A Formação
Litúrgica, aquela que se refere à extensão da prática habbiana, necessitará de
uma apostila nos moldes da anterior: didática, direta e de fácil manuseio. Com
a proposta de temas: Formação de Cerimoniário, Aprofundamento do Missal,
Pontifical e Sacramentario, Sacramentos(ritos), homilética. Assim, sendo
direcionada ao exercício dos ofícios e sacramentos da liturgia, esta formação
permanente seja aplicada pelos seminários locais.
39. A Formação
Doutrinal, aquela que se refere à extensão intelectual da fé e da Igreja,
necessitará de uma apostila com a qualidade didática para aprendizagem, porém
diferente aos assuntos práticos, essa será constituída por conteúdo e material
para aprofundamento, logo, precisará desenvolver textos específicos. Com a
proposta de temas como: os Sacramentos, a Santa Missa, a Igreja e sua história,
Mariologia, os Santos e a devoção, CDC. Como direcionamento de aprendizagem
intelectual, seja aplicada pela universidade romana, quem deve ser organizada
para a nova estrutura proposta, ou as demais universidades autorizadas.
40. Nossa Igreja
habbiana está há 15 anos, entre tempestades, de pé e levando o evangelho a uma
realidade virtual onde poucos dão valor. Isso só foi possível, pois temos
pastores dedicados levando com ardor e amor a sua missão de difusor da boa
nova. Assim, hoje nós somos os pastores responsáveis por garantir a perpetuação
desta vocação digital.
41. É uma reforma que
valoriza o que temos, o que já foi no passado e também propõe novas formas para
o futuro. Desse conjunto, afirmamos a necessidade de três etapas: o querigma, a
formação inicial e a formação continuada.
42. A primeira,
essencial para todos aqueles que chegam a nós, visando a conversão e
evangelização dos jovens. A segunda voltada para os seminaristas, visa
estruturas de um processo onde o todo (apostila, pastoral e convivência) seja
valorizado na formação, uma formação participativa, objetiva, prática e
auxiliada por uma apostila reestruturada. A última etapa, a formação
continuada, é aquela para os ordenados, um processo que pretende aperfeiçoar a
prática do ofício dos pastores e aprofundar o conhecimento doutrinal que
necessitarão para edificar-se e evangelizar. Tudo isso construído no formando
pela exposição e prática pastoral.
43. Assim, não serão
produzidos “soldados" ou Carreiristas, que visualizam na Igreja mais uma
instituição, por causa de suas aulas robóticas, maçantes e de ‘scripts'. Mas
serão construídos particularmente indivíduos para o serviço de pastoreio e
convidados a conhecer o que pregam. Pois são pelos que amam aquilo que fazem,
que o futuro a igreja frutificará, e não se ama sem o conhecer.
+ João Maria Card. Kekeison
Presidente
+ Gregório Michels
Auxiliar
+ Nadson Médici
Auxiliar
Mons. Lucas Beni
Secretário
CAPÍTULO IV
DA FORMAÇÃO RELIGIOSA
44. Foi confiado à comissão para a formação religiosa a
missão de elaborar o primeiro documento, de todo o Colégio Apostólico, sobre o
tema. Este, por conseguinte foi delineado em cinco capítulos, a saber; a base
fundante: os primórdios da vida religiosa no Cristianismo; as expressões de
vida religiosa no Habbo Hotel e os seus desafios; a relação entre os religiosos
e o clero secular; a formação religiosa; e o documento proposto pela comissão,
denominado “Ratio Fundamentalis Institutionis”.
45. A comissão, portanto, buscou apresentar as diversas
experiências religiosas vivenciadas na Igreja, desde os seus primórdios. Desta
forma, citando desde as experiências ascetas até as atuais, buscou-se versar
sobre a história da vida religiosa. Já no segundo capítulo, como que um
seguimento, fora expresso em poucas palavras, as diversas expressões de vida
religiosa que percorreram a história da Igreja Habbiana nesses seus 15 anos de
existência. Subsequentemente, versou-se acerca dos desafios que são enfrentados
pelos (as) religiosos (as) presentes em nossa igreja, sendo aprofundado na
imbróglio da relação entre o clero secular, a falta de vocações e a formação
religiosa, tendo em vista a grande realidade destes temas.
46. Por fim, a comissão analisou o atual cenário da Igreja
e propôs o que fora denominado de RFI, Ratio Fundamentalis Institutionis, que
dispõe de um documento a ser elaborado por todas as Ordens, Congregações,
Institutos e Sociedades de Vida Apostólica presentes no Habbo Hotel,
contemplando os quatro pilares elencados, a saber; a pessoa, o discipulado, o
pastoreio e a missionariedade. O documento denominou esses pilares como
dimensões, tendo em vista que, mesmo de presente diferentes, apresentam a mesma
origem. A dimensão humana trata da experiência de ser resiliente no Cristo
Ressuscitado. A dimensão discipular trata da espiritualidade da agremiação
religiosa. A dimensão pastoral trata da vivência autentica da dimensão
discipular. E por fim, a dimensão missionária, que é a concretização de todas
as vivências, seguindo o exemplo de Jesus, o Cristo Nazareno. Este documento,
como discorre o n. 35, deve traçar objetivos e metas de cada comunidade
religiosa, sendo, portanto, de sua importância, a entrega total ao mistério que
é a radicalidade batismal.
+ Hery Cardoso
Presidente
+ Gabriel Médici
Auxiliar
+ Júnior Assis
Auxiliar
Fr. Francisco Reis
Secretário
CONCLUSÃO
DOS SABERES E FAZERES
47.
Relataria o célebre educador brasileiro, Paulo Reglus Freire, que “quem ensina
aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender. ” Os saberes e fazeres
compartilhados no XI Sínodo dos Bispos remetem à reflexão do célebre pedagogo e
nos recorda da proposta de metodologias ativas que esperançosamente sonhamos
com a introdução nos meios formativos e interativos da Santa Igreja.
48. A
Relatoria Geral do XI Sínodo dos Bispos inspirada pelas ações missionárias e
pastorais, as reformas no processo formativo e educativo da Santa Igreja e,
sobretudo, pelo sopro do Espírito Santo que revigora o viver o faz os barcos
saírem de seus bancos de atranques, em comunhão com os padres sinodais da
Igreja Católica do Habbo Hotel, confiantemente se lança aos novos mares.
49. Os
desafios de enfrentar águas mais profundas, ainda não conhecidas ou
inexploradas, traz medo aos pescadores que lançam suas redes sem rumo ou de
forma desordenada. Desta forma, confiantes na ação do Espírito Santo,
consideramos o XI Sínodo dos Bispos
como a ordem do Mestre que diz “Lançai a rede à direita do barco, e achareis. ” (Cf. João
21, 6), através das redes de conhecimentos traçadas ao longo das quatro sessões
sinodais que solenemente foram celebradas.
50. A água rasa, conhecida e
já sem muitos peixes, torna escasso o berço da Santa Igreja: Seus seminários.
Recolher as redes que o Mestre nos manda lançar é compreender que nelas virão culturas,
costumes, raças, intelectos e particularidades de cada um que por elas forem
arrastadas. Assim como os 153 peixes que representavam as nações conhecidas, é
necessário compreender a amplitude de nossas redes, que deverão alcançar e, consequentemente,
acolher todos os povos, fazendo-os discípulos de Jesus.
51. A formação religiosa que
desde muito tempo sofre com as inconstâncias de sua grade curricular, recorre
mais uma vez às redes do carisma e da espiritualidade, arrastando nelas àqueles
que procuram a vida fraterna e comunitária, ou a contemplativa e reclusa. Acreditamos,
porém, que a comunidade religiosa unida ao dicastério para os Institutos de
Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, poderão aplicar, através da
Ratio Fundamentalis Institutionis,
as bases da formação religiosa e seu promissor andamento.
52. Dispomos da fraternidade e do carisma missionário como
principais metodologias ativas do processo formativo indiferentemente à etapa
ou grau de formação. Através das bases evangelizadoras da igreja, suas sagradas
celebrações e sua vida comum, a metodologia ativa principal na formação do
sujeito será o cotidiano, fornecendo experiências, senso comum e independência.
53. Entretanto, reiteramos a necessidade do formador e dos
reitores enquanto tutores do processo formativo, contando com o auxílio de
todos àqueles que detêm o múnus de ensinar da Santa Igreja.
54. Desta forma, consideramos os trabalhos sinodais do XI
SÍNODO DOS BISPOS, como o sopro de fecundidade no útero da Santa Mãe Igreja
presente no Habbo Hotel, para que as sementes lançadas em terreno fértil
consigam render frutos e, a partir deles, fazer render os dons e talentos que o
Mestre confiou aos seus servidores na administração de sua grei.
55. Recomendamos a formação e vida intelectual do clero ao
fiel olhar do Doutor Angélico, Santo Tomás de Aquino, que junto à Virgem do
Rosário concedam frutíferos e santos religiosos e religiosas, padres e
diáconos, fiéis leigos e ministros da Igreja de Cristo. Confiantes, entoamos à
Rainha do Céu o nosso clamor:
REGINA CAELI LAETARE, ALLELUIA,
QUIA QUEM MERUISTI PORTARE, ALLELUIA,
RESURREXIT SICUT DIXIT, ALLELUIA.
ORA PRO NOBIS DEUM. ALLELUIA.
Roma, 21 de maio do Ano Jubilar de 2021
RELATOR GERAL DO XI SÍNODO DOS BISPOS
+ João Maria Card.
Kekeison
+ Jorge Snaif Card.
Médici
+ Wesley Oliveira
Card. Ravassi
+ Darllan Médici
Card. Messias
+ Carlo Card.
Ventresca
+ Pedro Henrique
Card. Médici
+ Jean Silva
+ Alef Rocha
+ Arthur Nicolli
+ Iago Alves
+ Nadson Médici
+ Vinicius Collin
+ Gabriel Médici
+ Hery Cardoso
+ Gregório Michels
+ Júlio Oliver